corria o mundo inteiro para todos os lados toda rosa dos
ventos
voava sobre os próprios pés tropeçava nos próprios sonhos em transe mental
e físico construía e desconstruía castelos, quartos, becos, loucuras, utopias, cores, cheiros
corria o mundo inteiro
dentro e fora
já sentia-se tonto pois assim seguia
desatomizava-se ao som da Lua atingia o Cosmos buscava para que a loucura e brutalidade do mundo fossem neutralizados
em um só pensamento, em muitos movimentos
dançava nas esquinas sentia-se íntimo nos Astros
e corria subia
e descia inalava o ouro em pó do ar nadava pelas águas turvas e também pelas cintilantes
num Circo Místico
inebriado de Deus