6 de setembro de 2008

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vôo em alturas inomináveis
por entre delírios coloridos e tridimensionais
vejo deus no meio do excesso de concreto
sinto a mãe divina no meio da poluição
eu
que võo sem asas
junto as mãos na alvorada
pedindo força e foco
para entender o xadrez capitalista
vejo tudo e não sinto nada
suspiro
extasiada
cansada
aliviada
destruída

falo com o cosmos
negociando a sobrevivência cabal
do aparelho que ocupo

canto com os pássaros
e com outras mulheres
vivo pra cantar
e pra sonhar