6 de setembro de 2008

.



vôo em alturas inomináveis
por entre delírios coloridos e tridimensionais
vejo deus no meio do excesso de concreto
sinto a mãe divina no meio da poluição
eu
que võo sem asas
junto as mãos na alvorada
pedindo força e foco
para entender o xadrez capitalista
vejo tudo e não sinto nada
suspiro
extasiada
cansada
aliviada
destruída

falo com o cosmos
negociando a sobrevivência cabal
do aparelho que ocupo

canto com os pássaros
e com outras mulheres
vivo pra cantar
e pra sonhar

2 comentários:

Fabi Cronikas disse...

anjo sem asa...
vivo no cinza
que ofusca a visão do divino
dessa pobre vida envolvida por fumaça...
talvez em busca de novas asas
que voem para aqüem dos limites
e encontrem... ar!

=P

Thiane disse...

Ai que sufoco oco
...passou...

incrível Mari, a minha preferida.