vôo em alturas inomináveis
por entre delírios coloridos e tridimensionais
vejo deus no meio do excesso de concreto
sinto a mãe divina no meio da poluição
eu
que võo sem asas
junto as mãos na alvorada
pedindo força e foco
para entender o xadrez capitalista
vejo tudo e não sinto nada
suspiro
extasiada
cansada
aliviada
destruída
falo com o cosmos
negociando a sobrevivência cabal
do aparelho que ocupo
canto com os pássaros
e com outras mulheres
vivo pra cantar
e pra sonhar
2 comentários:
anjo sem asa...
vivo no cinza
que ofusca a visão do divino
dessa pobre vida envolvida por fumaça...
talvez em busca de novas asas
que voem para aqüem dos limites
e encontrem... ar!
=P
Ai que sufoco oco
...passou...
incrível Mari, a minha preferida.
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